O meu querido amigo, o Sr. S, tem uma teoria irritante sobre os relacionamentos: para ele, a Estatística é um bom instrumento para provar que existem grandes probabilidades de você encontrar a sua cara-metade em dezenas de pessoas diferentes, é tudo uma questão de percentual. Sim, não parece muito romântico e destrói toda a nossa (minha) concepção de alma gêmea, destinos traçados etc. É claro que eu não gosto nem um pouco dessa perspectiva, mas fiquei pensando nas últimas semanas se temos um padrão na busca do nosso amor. Se nós criamos um padrão inconsciente do perfil do nosso par, o Sr. S teria razão, tudo dependeria da minha projeção interna nos 38,7% exemplares masculinos, heterosexuais e disponíveis existentes em uma área de abrangência geográfica X. Eu sempre pensei que as características do Sr. T fossem um desvio no meu ideal de par, mas hoje estou convencida de que nós buscamos características semelhantes em todos os nossos possíveis pares ao longo da vida. O que muda ao longo do tempo, são as nossas preferências, desejos, padrão estético, personalidade etc. Durante um tempo da minha vida, eu gostava de homens de terno, hoje não me interessaria por um homem de terno nem que a minha vida dependesse disso! Talvez o meu amigo tenha razão, mas ainda gostaria de saber o que faz a pessoa A e não a B, nos causar palpitações, tremor nas pernas e frio na barriga. O que nos faz acreditar que estamos apaixonados por fulano e não por beltrano? As estatísticas do Sr. S definitivamente não dão conta das complexidades do coração...
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