O pai do Sr. T era um homem do interior que educou os filhos em princípios muito rígidos, com uma vida de muito trabalho e pouca diversão. A forma de educar dele era tão dura que o Sr. T quando fez dezoito anos decidiu ser fuzileiro e sair de casa. Uma semana antes da viagem, o pai do Sr.T arrasado com a decisão do filho, pediu que ele ficasse e teve uma conversa reveladora sobre a dificuldade em criar os filhos para que se tornassem "pessoas de bem". Segundo o Sr. T, foi a primeira vez que o pai conversava com ele em tom de igualdade. Depois dessa conversa, o Sr. T resolveu ficar e a relação dos dois se tornou uma daquelas coisas raras que nos comove ao observar. O Sr. T visitava o pai toda semana, não viajava sem passar na casa dele e pedir a benção e passava horas ouvindo os "causos" que o pai contava. Muitos anos depois, o pai do Sr. T fez uma confissão ao filho. Ele disse que no dia em que viu que perderia o seu filho mais querido, teve que tomar uma decisão. Ou ele mudava e passava a compreender as transformações no mundo e uma nova forma de amar a família ou então ele perderia todos. - Foi a decisão mais importante da minha vida, eu precisa repensar tudo em que eu acreditava. Então, eu me "destornei". O pai do Sr. T era um homem do campo que tornou-se padeiro na cidade e mal concluiu o antigo primário. Nem preciso comentar o nível de sabedoria e compreensão da vida que esse homem tinha. Como dizia o Sr T após a morte do pai, "ele foi um grande homem que soube fazer muito bem o que é mais importante na vida: amar as pessoas!"
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