sábado, 20 de agosto de 2011

Superando os próprios limites

Eu não quis escrever nada no dia dos pais de propósito. Ignorei a data por uma questão de escolha mesmo, chega um determinado momento no processo do luto que ou você vai em busca do sofrimento ou opta por se libertar disso. O dia dos pais é uma data comercial que não me traz nenhuma lembrança especial do Sr. T (a não ser o bombardeio da mídia dizendo que precisamos comprar presentes neste dia especial). Eu me recuso a reviver a minha tristeza porque a Lojas Americanas está fazendo uma promoção imperdível para o seu paizão... Obviamente, D. Maricota não ficou totalmente imune ao controle midiático, me perguntou várias vezes sobre o dia dos pais e parecia refletir sobre como lidar com não ter alguém para dar um presente. Felizmente, um casal amigo estava nos visitando, ela sem pai, eu sem pai, ele sem filhos. No domingo foi aniversário do marido da minha amiga e passamos um dia tranquilo, cozinhando, conversando e fazendo muitos chamegos em D. Maricotinha... Não liguei a televisão, não saímos de casa e nem lembramos que era dia dos pais. Ao evitar o contato com outras crianças e pessoas que estavam comemorando o dia, ficou mais fácil de enfrentar o desafio. O mundo é ridiculamente simples quando nos desconectamos de tudo...

Um comentário:

  1. Vocês não são as únicas..Me recusei a lembrar e fui fazer a caridade a quem precisava de uma palavra de carinho, fiz uma palestra a convite e trabalhei ao voltar pra casa na dissertação. Afinal, nada vale a matéria se dentro de nós nada existe. Ao contrário do que mídia traz, não comprei presente pra ninguém, um dia que parece não ter existido, infelizmente.

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