Acabei de assistir um filme bem legal chamado Then She Found Me - Quando me Apaixono, baseado no romance de Elinor Lipman. Fui correndo procurar o livro porque os livros sempre são bem melhores que os filmes, mas não encontrei aqui no Brasil. O filme tem um elenco de peso, é estrelado e dirigido por Helen Hunt, com atuações maravilhosas de Colin Firth, Matthew Broderick e Bette Midler. É possível enxergar vários focos no filme, o relacionamento central é sobre o encontro de uma filha com a mãe biológica completamente diferente dela. Eu gostei porque é um filme sobre traição, não apenas a traição nas relações amorosas, mas sim a traição do ser humano. A protagonista April é traída pela mãe biológica, pelo marido que simplesmente a abandona e até mesmo por Deus, ao mesmo tempo em que ela mesma trai outras pessoas. Seria mais realista dizer que a vida nos trai o tempo todo... No final, em uma cena maravilhosa, ela diz para o homem que ama que sempre irá magoá-lo, é impossível não magoar o outro porque ninguém pode prometer que nunca vai deixar de amar outra pessoa, que não vai mudar, que não vai ser egoísta em algum momento ou coisa parecida. Foi justamente esse ponto que me atraiu no filme. Eu sempre pensei que só podemos trair o nosso amor no sentido clássico, isto é, relacionando-se com outra pessoa, mas existem infinitas formas de traição. É possível destruir um coração bom em pequenas mágoas do cotidiano, na indiferença e no esquecimento. Na minha percepção, a perda sempre esteve associada ao rompimento, separação, divórcio etc. Enfim, o rompimento clássico dos relacionamentos com muitos dissabores e incompreensões nos dois lados. O que eu não sabia é que a morte também é capaz de partir um coração...
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