Três anéis para os Reis-Elfos sob este céu,
Sete para os Senhores-Anões em seus rochosos corredores,
Nove para Homens Mortais fadados ao eterno sono,
Um para o Senhor do Escuro em seu escuro trono
Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam.
Um Anel para a todos governar, Um Anel para encontrá-los,
Um Anel para a todos trazer e na escuridão aprisioná-los
Na Terra de Mordor onde as Sombras se deitam. (Tolkien)
Eu não sou adepta de cerimônias e datas marcantes no calendário, o que não quer dizer que eu não registre os momentos importantes da minha vida. Tenho pavor de certos hábitos burgueses, como comemorar o aniversário de casamento (o casal vive mal o ano todo, mas neste dia tudo fica maravilhoso) ou dia das mães e coisas semelhantes. O símbolo de meu casamento com o Sr. T era um anel que ele mandou fazer em ouro branco com uma inscrição em hebraico da palavra judaica que designa Deus. Os anéis foram feitos por um amigo do Sr. T, um joalheiro sabatista que ficou feliz com a tarefa que lhe foi confiada. O anel foi ideia do Sr. T, ele idealizou o formato, as letras e seu simbolismo. Desde o dia em que ficou pronto, o Sr. T nunca tirou o anel do dedo. Era um símbolo de nossa ligação e uma espécie de proteção de todas as coisas negativas do mundo. Eu continuei usando o anel depois de sua partida, mas não fazia mais sentido. Pensei em pedir ao joalheiro que o modificasse para que eu pudesse continuar usando, mas não tive coragem. Resolvi guardá-lo em sua caixinha de pedra-sabão e quando estou muito triste ou me sentindo desprotegida, eu o coloco por um tempo. Penso que D. Maricota vai querer ficar com ele quando crescer, não pelo seu valor como jóia, mas por tudo o que ele representou para o Sr.T. Eu não costumo reproduzir os textos do Sr. T (confesso que me tornei avarenta com as coisas que ele escrevia), mas sem a perspectiva dele sobre o Um Anel, seria impossível entender o seu significado. É sobre isso que vou escrever adiante.
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