Sexta-feira foi a festa da família na escola de D. Maricota. A escola não chama de dias das mães para não trabalhar na perspectiva da família padrão, mas no fundo o objetivo era esse mesmo. A festa foi a inauguração de uma vernissage com os trabalhos das crianças. Segundo D. Maricota, eles tinham uma música bem linda para cantar para as mães. O primeiro problema: eu tinha aula no horário, mas como as chuvas de Recife estão provocando o caos na cidade, a aula foi cancelada e pude vir para casa mais cedo. O segundo problema: o local. Eu não conhecia o lugar onde seria realizada a festa e apelei para o Google Maps e o GPS. Ambos funcionaram perfeitamente, mas quando nós chegamos ao local... Não tinha lugar para estacionar e fui obrigada a dar várias voltas no quarteirão. D. Maricota acabou dormindo no carro e o bairro é pouco recomendável, principalmente de noite. Consegui parar no lugar mais próximo, peguei D. Maricota no colo e praticamente corri pelas ruas até o local da festa. Quando entramos, ela empacou e disse baixinho: - Mamãe, é aqui que eu vinha com papai muitas vezes! Ele sempre me trazia aqui! Só então eu me dei conta que o tal lugar ficava ao lado da Casa Brasil do IFET, uma das unidades que ele coordenou durante três anos. O prédio da festa era um local de artes e exposições da Universidade, como ex-professor e da área, obviamente ele teria passado ali várias vezes com ela. Nem preciso dizer que a noite acabou para nós duas. Ela não quis mais sair do meu colo e assisti a peça que estava sendo apresentada com ela agarrada no meu pescoço. A inauguração da vernissage terminava com um coquetel, mas ela não quis comer nada (nem eu). Resolvi vir embora mais cedo com a certeza de que não deveria ter ido. Não é aconselhável para ninguém mexer na ferida que ainda não está completamente cicatrizada...
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