sábado, 8 de outubro de 2011

Não sabemos mesmo de nada...

Quando eu conheci o Sr. T a sensação que eu tive foi de que dois mundos colidiram. Nós éramos tão diferentes que foi preciso um período de transição entre nós, no qual cada um descrevia o seu mundo para o outro. Esse momento foi uma espécie de lua de mel e nos retiramos do mundo para saber se o nosso casamento era possível. O lugar que escolhemos para fazer uma longa e dolorosa DR (DR=discutir a relação) de uma semana foi a praia paradisíaca de Carapibus. Eu tinha muitas dúvidas, sabia que nós dois tínhamos tudo para dar errado, mas resolvi arriscar. Afinal, não dizem que os opostos se atraem? A minha decisão foi fundamentada em dois fatores: eu nunca tinha sentido algo parecido por alguém e nunca tinha me arriscado antes. Apesar de intensa e atirada ao mundo, eu sempre evitei os relacionamentos que fugiam do meu controle com a maior facilidade. A racionalidade permeava as minhas decisões até o dia que o Sr. T entrou na minha vida. Agora eu me vejo diante da perspectiva de me relacionar com alguém parecido comigo, com o mesmo histórico, amigos em comum, lugares, memórias etc. Qual é o padrão afinal para fazer um relacionamento dar certo? Semelhança ou diferença? Hoje eu não considero mais a possibilidade de não me arriscar e consigo perceber com mais clareza e transparência os meus sentimentos e desejos. Mesmo assim, continuo alternando entre a crença no amor verdadeiro (porque o meu lado fada vestida com tecidos vaporosos acredita que o amor é bom, salva e cura) e o meu ceticismo diante das verdadeiras motivações que movem as pessoas.

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