segunda-feira, 27 de junho de 2011

Força tarefa junina

Depois do fiasco que foi a última festa na escola de D. Maricota em maio, resolvi montar uma operação de guerra para a festa junina. Convoquei a família toda e garanti a presença de todos com a promessa de muita pamonha, milho, tapioca e mungunzá de graça. Antes que vocês pensem que eu sou generosa e façam um bom juízo de mim, a honestidade me obriga a contar que as festas na escola de D. Maricota são sempre assim. Eles cobram um taxa por aluno e você pode levar a família toda se quiser, até a terceira geração. No local da festa, a comida está disponível para todos e só as bebidas são vendidas. Mamãe que tinha ido na festa do meu sobrinho na semana anterior, ficou impressionada com a proposta da escola. Normalmente, as escolas cobram entrada por cada pessoa da família (um absurdo!) e cada um paga o que consumir na festa. Para completar a diversão, um mestre de cerimônias vestido de palhaço matuto organizava a preparação das danças dando bronca nas mães: - É só deixar as crianças com as professoras, por favor, deixem o espaço livre. Nossa, as mães não confiam nos professores! A senhora de branco que veio de camisola e está se fazendo de surda, pode se afastar? A pobre da mamãe que trabalhou em escola a vida toda e organizou trocentas festas juninas, se sentiu vingada dos pais inconvenientes e só resmungava: - Porque eu não contratei esse sujeito antes? Teria resolvido todos os meus problemas! Finalmente, chegou a hora da tão esperada dança de D. Maricota que sacudiu a saia compenetrada e rodopiou em cima do palco ao ritmo da música. Uma fofa! A festa foi um tributo ao grande mestre Luiz Gonzaga e todas as músicas dançadas pelas crianças eram dele. Nos intervalos entre uma dança e outra, os professores faziam uma performance no palco lendo textos poéticos que contavam a vida do grande Luiz Gonzaga. Depois das danças, cada criança recebeu uma bolsinha com fogos de artifício, o que foi a deixa para eu sair de fininho... Voltamos para casa com D. Maricota feliz da vida, prova concreta de que a ação da força tarefa foi um sucesso. Refletindo sobre a festa depois, percebi que não querer estar sozinha e pedir apoio aos outros, foi um passo importante para superar os medos. Mais um vencido!

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