Ao longo da vida, se tivermos bastante coragem, vamos construindo os nossos próprios valores e priorizando o que nos parece importante em detrimento de outras coisas que a sociedade valoriza. Você pode escolher para a sua vida ser e não ter. Como são decisões internas e dizem respeito somente à sua vida, ninguém tem nada a ver com isso, embora nem sempre isso aconteça na prática. Eu fico genuinamente chocada quando me deparo com os valores de outras pessoas explodindo na minha cara ao gerar algum tipo de intervenção na minha vida. Com a morte do Sr. T, a minha decisão de priorizar os sentimentos e viver melhor tornou-se ainda mais forte, pois vi de perto que nada do que temos nos serve na hora da morte. Equilibrium, é só o que eu preciso. O que prevalece nas minhas prioridades é a possibilidade de amar as pessoas, sem máscaras, sem subterfúgios e sem ambiguidade nos desejos. E amar significa cuidar, mesmo nas pequenas coisas, querer que o outro esteja bem, independente de nossa presença. Amar transcende, não aprisiona. Se é mesquinho e pequeno, não é amor. As pessoas sempre querem olhar para os relacionamentos (seja amizade, paixão, pais e filhos) e identificar o que cada um está recebendo em troca. O que cada um proporciona ao outro? Carinho? Compreensão? Bem-estar? Uma bela casa? Viagens? Parece que os sentimentos nunca traduzem a completude de uma relação, se você diz que o fulano ou fulana é um herdeiro, um executivo com salário de zilhões ou se é uma mulher curvilínea com uma beleza incomum, as pessoas respondem na hora com ar compreensivo: ahhh... Se você responde que está feliz no relacionamento apenas porque "ele me faz bem" ou "ele me liberta e me faz feliz", você está mentindo, é cega, louca, vulnerável, presa fácil... Amor não é sinônimo de sofrimento, mas ninguém deve evitar amar para não sofrer. As relações afetivas são marcadas pela finitude, sofremos com a perda dos nossos filhos quando eles começam a crescer e ir embora, com a morte de quem amamos ou mesmo com uma separação simples. A atitude mais sensata é sempre colocar na balança os sentimentos e avaliar se as perdas compensam o que ganhamos afetivamente. Enquanto compensar, o amor vale a pena e quando a balança virar, é hora de estar pronto para recomeçar!
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ResponderExcluirSônia,
ResponderExcluirLidar com a perda não é fácil, é sempre um processo de reconstrução interna e nem sempre estamos preparados para enfrentar isso. A nossa vida fica tão entrelaçada na do outro que ter que caminhar sozinho é um desafio que vai muito além do que podemos suportar. Você tem razão, o sofrimento, embora não tenha nada de bom, nos faz amadurecer e crescer. Com o nosso crescimento, ficamos mais fortes, preparadas para experimentar as coisas boas que vida nos oferece e sair em busca da felicidade. Obrigada pelo seu comentário, gostei muito das suas observações.