quinta-feira, 21 de junho de 2012

D. Maricota anda pensando muito!

- Sabe, mamãe, eu queria muito voltar a ser um bebê! disse D. Maricota pensativa.

- Um bebê, filha? Mas você está tão crescida, bonita, esperta... Por que você quer voltar a ser um bebezinho? perguntei.

- Porque se eu voltasse a ser bebê, ia dormir no colo, papai ia estar de volta, a gente ia cuidar dele e ele não ia morrer! respondeu ela.

- Ahnn... É, filha, ia ser muito bom mesmo!

Só agora eu entendi o desejo constante de D. Maricota em ser um bebê. Foi apenas o jeito que ela encontrou para dizer que sente saudades do tempo em que era feliz.

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D. Maricota decidiu por conta própria sair das aulas de natação na escola e entrar no judô. Sabe quando a mãe deixa o filho fazer alguma coisa porque sabe que vai dar errado? Para que gastar horas de argumentação se basta esperar algumas semanas para dizer "eu sabia que não ia dar certo, eu avisei"? Pois é, só que deu certo e a mãe ficou com cara de bunda. Ainda não convencida, fui conversar com a professora de judô para saber como ela estava, se valia mesmo a pena etc. A professora deu uma gargalhada e disse que quando viu D.Maricota na aula se espantou muito e tinha certeza de que ela não aguentaria. - Ela é tão frágil e magrinha... disse. Acontece que D. Maricota adora os exercícios, escolhe os parceiros de luta e até já derrubou alguns (oh, céus, eu preciso de provas científicas para acreditar nisso! Cadê foto? Cadê vídeo? Cadê CSI?). Quando cheguei em casa, fui contar os elogios da professora para D. Maricota. Ela ouviu e disse distraída:

- Sabe, ela não é especialmente uma professora. É um professor, mas nós a chamamos de professora!

Obviamente, ela estava se referindo ao aspecto ambíguo da sexualidade da professora. Sem preconceito ou qualquer outra observação. É um professor que chamamos de professora. Simples assim! E depois as pessoas se preocupam com a opção sexual dos outros porque não sabem o que dizer aos filhos. Nós não explicamos nada aos nossos filhos, eles é que nos explicam!

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