Você não sabia? Existe uma categoria chamada "médico filho da puta". Eles são especialistas em maltratar os pacientes, ignorar as queixas, os sintomas e também costumam negar socorro a quem precisa. Acredito que durante o tal juramento de Hipócrates (depois substituído pela Declaração de Genebra), os futuros médicos FDP devem murmurar qualquer coisa e fingir que estão recitando o texto correto. Na manhã em que o Sr. T. passou mal, ele pediu socorro ao vizinho que se diz médico aqui no prédio. O sujeito que pensa que é médico negou socorro alegando que estava atrasado para o trabalho. É isso mesmo, ele negou socorro porque tinha que sair para trabalhar como médico! Provavelmente o sujeito deve pensar que ele só é médico quando chega ao local de trabalho. Pois bem, Sr. T. pediu socorro a outro vizinho (que não é médico, e sim formado em Marketing) e o rapaz desesperado com o estado delibilitado dele, o levou para o hospital mais próximo de nossa casa. Horas depois, adivinhem só quem o Sr. T. encontra no mesmo hospital? Sim, o médico FDP! Constrangido porque o Sr. T. fez questão de apontá-lo para os filhos, ele tentou disfarçar a sua falta de caráter, mas era tarde demais. É claro que não acredito que o ato de negar socorro do vizinho-médico-FDP tenha influenciado no desfecho da vida do meu marido. Ele era uma pessoa muito especial para ficar à mercê de alguém tão mesquinho, mas me parece inacreditável que uma pessoa seja capaz de fazer algo assim e seguir vivendo tranquilamente. Dias depois, o médico FDP tentou falar comigo na garagem do prédio, mas eu o ignorei porque não teria condições de perdoá-lo tão cedo. Espero, sinceramente, que o médico FDP tenha tido algumas noites insones e que em algum momento, tenha se lembrado do seu juramento ou da declaração de Genebra: "eu, solenemente, juro consagrar minha vida a serviço da Humanidade".
Nenhum comentário:
Postar um comentário