sábado, 1 de outubro de 2011

Amar é...

Semana passada eu descobri que será relançado o álbum de figurinhas que fez sucesso na década de 80, o fofíssimo Amar é... Como não adorar o casalzinho pelado que resumia as bobagens do cotidiano de um casal apaixonado? Rever as figurinhas me fez pensar sobre o nosso (confuso) conceito de amor. No nossa sociedade, conhecemos uma pessoa interessante, nos sentimos atraídos, namoramos, casamos e - supostamente - vivemos felizes para sempre. Infelizmente, esse modelo linear não está dando mais conta do recado para explicar toda a complexidade das diferentes formas de amar. Podemos amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo? Existe apenas uma única metade para cada um de nós? Se nunca a encontrarmos ou a perdermos, teremos como único destino a infelicidade? O amor romântico é um engodo? Nos últimos meses, várias pessoas se preocuparam comigo, queriam que eu não ficasse tão deprimida, que eu considerasse continuar vivendo,arrumasse um namorado e tocasse a vida para frente, mas nada é tão fácil como parece. Um grande amigo, o Sr. L, se separou recentemente e a conclusão estarrecedora ao fim de 28 anos de casamento: o que ele sentia não era amor! Bang! Tiro certeiro na ideia de que as pessoas se casam (e continuam casadas) por amor... Analisando os meus casamentos (foram só dois, tá gente?) eu concluo que quando estive formalmente casada não havia amor, mas no meu casamento destrambelhado com o Sr. T, o amor fluía sem tempo ou limite. Sim, eu quero seguir em frente, encontrar alguém e viver um amor pantufa: confortável, tranquilo e modorrento... Mas antes de ter certeza de que encontrei a outra metade da minha pantufa de coelhinho azul, quero ter certeza do que é esse tal de amor!

2 comentários:

  1. Oi

    Li sua postagem e não resisti em comentar. Nessas questão da sua busca por "um amor pantufa : confortável, tranquilo e modorrento" me lembrei do filme "Elsa e Fred" .

    No filme filme eles constroem uma relação de causar inveja em qualquer paixão adolescente, mesmo estando na terceira idade. Sabe qual a meta da Elsa?

    Fazer com que Alfredo sorria, já que ele passou parte da vida com a preocupação de sustentar a família, estando ao lado de uma mulher organizada. A meta de Fred é acreditar em Elsa, mesmo com todas as suas mentiras sobre a realidade de sua vida.

    Nunca acreditei que amar fosse tão difícil, trabalhoso, que demanda-se tanta entrega e cuidados com os sentimentos do outro e dos nossos. Mas mesmo assim a jornada por esse amor é algo que eu não abriria mão por nada.

    Descobri que fugir de sua essência ou tentar silencia-lá, vai descaracterizar você e impedir que você encontre o seu "amor de pantufa" , que pode estar logo ali ao alcance de 140 caracteres. ..

    Beijos

    Robson Freire

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  2. Robson,

    A complexidade do amor está no fato de que ele nunca é aquilo que esperamos ou imaginamos e pode surgir em nossas vidas das mais diferentes formas. Sim, eu esperava e desejava um amor pantufa, mas ele apareceu como um sentimento avassalador que me deixou sem fôlego e morrendo de vontade de me esconder dentro da toca, como um ratinho assustado. Felizmente, eu não me "destornei" e só posso viver/respirar hoje se encarar os meus medos e viver todos os desafios. Se o meu próximo desafio for amar você, que seja.

    Beijos

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