sexta-feira, 16 de maio de 2014

Mentiras sinceras me interessam

Encontrar um amor que valha a pena é raro, com um pouco de sorte podemos encontrar dois ou três ao longo da vida. Muitas pessoas não tem essa sorte por causa dos desencontros, mas a maioria não encontra mesmo porque não se permite viver experiências sem garantias. A vida tem de tudo: mágoas, sofrimento, decepções, traições, alegria, amor, recompensas, prazer etc. Não é possível separar só uma parte do bolo para provar e viver blindado do resto. Eu fico espantada com a perspectiva que algumas pessoas transformam os seus casamentos em verdadeiros campos de batalha cujo objetivo é apenas aniquilar o outro. A minha relativa tranquilidade após a morte do Sr. T estava relacionada com a certeza de ter feito tudo o que eu podia e a minha tristeza era um verdadeiro lamento pelo futuro interrompido. Acho que eu não suportaria viver o resto da minha vida pensando que poderia ter feito isso ou aquilo e não fiz! Só alguém muito pretensioso e equivocado pode pensar que nunca é tarde demais e que sempre terá oportunidade de consertar as coisas. Sempre é tarde demais porque o perdão pode nunca vir, a vontade de recomeçar pode se extinguir e a vida não é feita de novas oportunidades o tempo todo. A certeza da finitude das coisas me levou a abraçar a vida com mais determinação, inverter as prioridades, valorizar a companhia das pessoas e dar mais atenção aos meus sonhos. Nos últimos anos, fiz muitas coisas que adiei durante anos a fio... No balanço geral, descobri que a honestidade é que move a alma. Não estou falando da honestidade com os outros, mas com você mesmo, com as suas possibilidades e limitações. Existem muitas razões para que alguém fique preso em um relacionamento e nem todos os motivos são dignos ou louváveis, mas quem não é capaz de se arriscar e amar só encontrará um desfecho na vida: a solidão!

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