quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O universo tátil de D. Maricota

Eu e D. Maricota passamos uma semana na casa de uma grande amiga de infância que se casou recentemente. O casal ficou apaixonado por D. Maricota e ela retribuiu as atenções com muitos carinhos, miados e fofices. Na quarta-feira, estávamos assistindo "Procurando Nemo" (pela enésima vez) e D. Maricota sentou-se no colo do marido da minha amiga, olhando para ele por um bom tempo. Fez vários carinhos na barba dele, passou a mão no cabelo, apertou o nariz, circulou os olhos e por fim deitou-se no colo dele toda aconchegada para continuar assistindo o desenho. Ela não foi pegajosa nem agiu como uma criança carente, parecia que ela estava analisando o rosto dele e comparando com as lembranças do passado. Foi o único momento em que ela agiu assim. Observar aquela cena apertou tanto o meu coração que fiquei sem ar e fui chorar na cozinha. É triste demais descobrir que eu não sou mesmo suficiente para uma criança que foi tão amada e paparicada pelo pai como D. Maricota!

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