quarta-feira, 6 de julho de 2011

Alguém tem que aprender uma lição

Por razões maternas (e absolutamente necessárias) que não cabem detalhar aqui, eu passei pela experiência de conviver com o meu ex-marido no mesmo espaço doméstico no ano passado. Ele se casou novamente e uma das coisas que mais me deixou chocada ao observar a convivência dele com a atual esposa, foi que ele não aprendeu nada! Eu fiquei surpresa e triste por ele porque acredito que ninguém deve passar por nenhum sofrimento em vão, é preciso (mesmo!) aprender com a experiência e tentar melhorar como pessoa, principalmente nos relacionamentos afetivos. Ao fim do meu conturbado casamento, eu busquei refletir sobre o que tinha dado errado e qual foi a minha contribuição no erro. Toda reflexão dessa natureza é muito dolorida e difícil, mas se eu não tivesse feito isso, dificilmente eu teria conseguido viver bem com o Sr. T. Foi o meu penoso aprendizado que me fez querer ser uma pessoa melhor e isso, sem dúvida, se refletiu na nossa relação. Observando o meu ex-marido, percebi que ele age, fala e se relaciona com a esposa da mesma forma que fazia comigo e isso é péssimo. Em um determinado momento, ele saiu da cozinha reclamando de alguma coisa e eu quase levantei para ir resolver o problema, até que me dei conta de que eu não tinha nada mais a ver com aquilo. Respirei aliviada e pensei no quanto a minha relação com o Sr. T era diferente do meu primeiro casamento e o quanto eu mudei (e melhorei) nos últimos anos. Nos momentos iniciais do meu casamento com Sr. T, eu chegava a provocar brigas por coisas que ele sequer tinha feito, mas eu reproduzia toda a neurose do meu casamento anterior. Foi um processo duro para superar a minha própria loucura e começar a construir algo completamente novo. Passei a não usar mais as palavras nunca (você nunca faz o que eu...) e sempre (você sempre age assim...). Hoje eu consigo me enxergar com facilidade e mesmo não dando conta de consertar todos os defeitos, tenho muita tranquilidade para lidar com eles. Se é verdade o ditado "o que não mata, fortalece", eu estou quase igual ao Incrível Hulk!

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