domingo, 3 de julho de 2011

Triturada, mas inteira

Eu tenho sido um completo fiasco nas datas marcantes, basta acontecer um evento que possibilite o download das lembranças e eu fico acuada no canto da parede, como qualquer menina de cinco anos. É claro que isso me irrita profundamente, ficar vulnerável não é uma sensação agradável para ninguém, mas a questão agora é o que vou fazer a respeito disso. Eu tenho muita sorte de ter pessoas que gostam de mim e realmente me dão um grande apoio, mas se tem uma coisa que descobri nessa história toda de morte, é que você tem que passar por tudo sozinha. Os amigos são bem vindos, o carinho é essencial, mas ninguém no mundo pode ficar no seu lugar. Ponto final. No fisl, espaço essencialmente do Sr. T, eu conheci muitas pessoas interessantes e sempre é doloroso demais falar com as pessoas que conheciam o Sr. T. Para essas pessoas, a morte também é um mistério insondável e elas não sabem bem como lidar comigo. Mas isso não é só no fisl, eu tenho uma vizinha que não pode me encontrar sem fazer perguntas e sempre é ela que acaba com os olhos cheios de água. Felizmente, eu a encontro muito pouco... Preciso de férias, mas não somente férias do trabalho, estou precisando de férias de mim mesma, das minhas angústias, da minha tristeza e, sobretudo, da minha própria teimosia. Toda vez que eu penso que estou voltando à normalidade, acontece alguma coisa para provar por A+B que ainda estou fragilizada demais para lidar com o mundo real. Então, eu volto para o meu canto na parede...

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