sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Para acordar

Ontem eu acordei de manhã com uma voz chamando nitidamente o meu nome. Não é nada incomum, sempre que eu preciso acordar cedo para um compromisso importante a minha mente inquieta usa esse recurso. É como o "chute" no filme A Origem, um mecanismo que o cérebro usa para acordar dos sonhos. Normalmente é a voz de uma das meninas, mas ontem não. A voz que me acordou era a do Sr. T e levantei assustada e confusa até que me dei conta do que tinha acontecido. Sentei na beira da cama contente por ter ouvido a voz dele, muito mais clara do que os registros da minha memória. Porém, durante o dia, a tristeza veio vindo de mansinho, provavelmente porque eu reavivei a memória e ela foi se esvaindo ao longo do dia, ficando apenas a sensação de perda. Sei que parece transtorno bipolar ou esquizofrenia, mas já compreendi que é assim mesmo. É o tempo todo com vontade de rir pelas lembranças boas que aquecem o coração e chorar pela perda que deixou um buraco na alma.

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