segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sol, mar, areia e vento

Uma vez eu li um romance no qual o autor afirmava que remoer um problema era como cutucar um dente cariado, com a dor você percebe que ele está lá. Ontem eu fui caminhar na praia, um programa que eu só fazia com o Sr. T e que tinha um papel importante em nosso relacionamento porque sempre aproveitávamos esse momento para conversar ou discutir a relação. O litoral perto de casa é maravilhoso, seria um crime desperdiçar uma paisagem tão linda e um clima tão agradável. Caminhar molhando os pés na areia, sentir o vento no rosto, dar um mergulho ou simplesmente contemplar o mar, sempre nos ajudava a colocar as ideias em ordem. Sair para caminhar sozinha pareceu uma boa ideia nos primeiros dez minutos, mas depois de colocar os pés na estrada (ou melhor, na rua) a tristeza foi imensa. Chorei nos primeiros momentos, escondida atrás do chapeu e dos óculos escuros, mas fui até o fim. Fiz o nosso percurso de sempre, pensando nas inúmeras vezes que estivemos ali e quantas coisas eu tinha para dizer agora. Inútil, mas tive a sensação de que não caminhava sozinha e voltei para casa um pouquinho mais orgulhosa de mim mesma...

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