domingo, 15 de julho de 2012

Crianças índigo?

A história da nossa vida está sempre se entrelaçando com a vida de outras pessoas. São pontos em comum, trajetórias, experiências, gostos etc. que nos aproximam dos outros, amenizando o sentimento de solidão. D. Maricota está muito próxima de um amigo da escola e os dois tem passado muito tempo juntos nas férias.Os dois são mesmo muito preocupados com outros e a imaginação corre solta nas brincadeiras mais simples entre eles. Semana passada eu estava procurando os meus óculos perdidos e os dois começaram a imaginar em quais lugares eu poderia encontrá-los (dentro de um bolo, na travessa de macarrão, no forno...) Como diz a avó do Sr. Dudu, são crianças mansas e meigas, um bom exemplo da geração índigo. Para reforçar a percepção da avó coruja, os dois travaram o seguinte diálogo enquanto lanchavam na mesa da sala:

- Eu não tenho pai, sabe? A minha mãe casou com o meu pai, mas depois que me teve, largou ele. Aí, eu não tenho pai. Disse o Sr. Dudu para D. Maricota.

- Eu tive pai, Dudu, ele morava aqui comigo, mas ele morreu. Então, eu também não tenho pai! Respondeu D. Maricota.

- É, nós dois não temos pai, né? A gente queria ter pai, mas não temos. Vamos brincar de desenhar agora?

- Vamos!

Sem sofrimento, sem angústia, sem divagação. Apenas a constatação do óbvio e a segurança de que mesmo em relação aos nossos piores medos, temos a certeza de que alguém vive a mesma situação. Simples assim!

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